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Jequié: Padre critica requerimento de vereadora sugerindo ao Papa nome de Bispo para a Diocese

O Padre Roberto Oliveira Silva, pároco da Paróquia da Catedral de Santo Antonio atualmente exercendo o cargo de Administrador Diocesano, até que a Santa Sé nomeie um novo Bispo para assumir a Diocese de Jequié, criticou na Missa do  domingo (20), sugestão feita vereadora Laninha através de Requerimento, aprovado na Câmara Municipal para que seja enviado ofício, Papa Francisco, pleiteando em nome da comunidade católica, a nomeação do Bispo Dom Antônio Tourinho Neto, atualmente à frente da Diocese de Cruz das Almas, também na Bahia, para ocupar a vaga existente desde a designação do Bispo José Ruy, para a Diocese de Caruaru-PE.

Na crítica, o padre Roberto lembrou que a designação de um Bispo pelo Sumo Pontífice, não passa pelo crivo político partidário e tampouco por motivos distintos ou de simpatia de uma comunidade religioso. Na justificativa de sua proposta, a vereadora Laninha disse que o seu pedido “está respaldado no carinho e atenção que o povo devota a Dom Antônio Tourinho por ser filho dessa terra e muito querido por todos, independentemente de confissão religiosa. Para os Católicos de toda a Diocese de Jequié seria uma benção e certeza de que o indicado representa a verdadeira ponte que une as pessoas entre si com o divino pastor. Com respeito e atenção peço a benção de Vossa Santidade para todos nós jequieenses”.

A Nomeação de Bispos na Igreja Católica, é um processo complexo. O bispo que pede a resignação, os bispos das dioceses vizinhas, sacerdotes, fiéis, o Núncio Apóstolico, vários membros da Cúria Romana e o Papa, cada um contribui de forma indireta ou direta na escolha. Os processos não são todos iguais e dependem por exemplo, se o bispo é de uma Igreja de Rito Latino ou de uma Igreja Oriental, da localização geográfica da diocese, do cargo que vai desempenhar e se já recebeu previamente a ordem do episcopado.

Antes, os bispos eram escolhidos pelo clero e autoridades civis, com o consentimento dos bispos vizinhos. Por altura do Primeiro Concílio de Nicéia, em 325, o bispo metropolita tinha já mais poder na escolha. O Concílio decretou que o consentimento do bispo metropolita seria um requisito necessário.

Informações / Jequié Repórter