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Festival Latinidades discute o papel da mulher negra na comunicação

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A ocupação de parte da Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília, marcou o início do Festival Latinidades. Com balões, música e cerimônia religiosa, o evento celebrou também o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. A comunicação, com foco no marketing, jornalismo e nas redes sociais, é o tema da nona edição do evento.

Este ano, o festival vai destacar o protagonismo das mulheres negras e o enfrentamento ao racismo nesses meios. O Latinidades vai dia 31 de julho, com atividades concentradas no Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios. A programação, disponível no sitewww.afrolatinas.com.br, inclui debates, conferências, lançamentos de livros, oficinas, cinema, feiras e shows, entre outras atividades.

“A ideia é pensar como os meios de comunicação podem ser usados no combate ao racismo e dar visibilidade à produção intelectual, cultural e jurídica dos negros em geral, especialmente das mulheres negras”, explicou a coordenadora de atividades formativas do Latinidades, Bruna Pereira. A expectativa da organização é receber 2 mil pessoas de todo o país durante o evento.

Para a publicitária baiana Larissa Santiago, do coletivo Blogueiras Negras, o evento é uma oportunidade para divulgar “como cada elemento do povo negro é comunicado à sociedade”. “A música, a religião, a forma de escrever e até mesmo o silêncio é uma forma de comunicar”, destacou.

O Latinidades também coloca em pauta a sororidade, termo usado para expressar empatia e companheirismo entre as mulheres, que tem ganhado força nas redes sociais e entre as militantes pela igualdade de gênero. “O termo é novo para uma prática antiga, que é irmandade, a solidariedade. É ter tempo de se ajudar, de olhar para o outro e ver o que nos une mais do que o que nos afasta”, ressaltou Larissa. Continue lendo