Os deputados Ângelo Almeida (PSB), Targino Machado (PPS) e Fábio Souto (DEM) protagonizaram um bate-boca por cerca de 15 minutos na curta sessão da Assembleia Legisaltiva na tarde desta segunda, 20, transmitida pela TV Assembleia para todo o estado. Precisou o presidente Ângelo Coronel (PSD) descer às pressas, assumir a Mesa e pedir verificação de quórum para que a sessão caísse na tentativa de acalmar os ânimos.A dicussão, porém, se estendeu para a sala anexa, do cafezinho. Precisou a turma do deixa-disso entrar na jogada. Almeida chegou a chamar Fábio Souto de Baby Souto, após dizer que ele chegou ali pelos braços do pai – o ex-governador e atual secretário da fazenda de Salvador, Paulo Souto (DEM).
A coisa começou quando nenhum dos integrantes eleitos da Mesa Diretora estava presente para presidir e dar andamento à sessão. Havia quatro ou cinco deputados em Plenário como apurou A TARDE. O secretário geral da Mesa, então, solicitou ao deputado Ângelo Almeida, para tomar assento à Mesa – o que não é regimental, mas funciona como praxe na Casa em situações similares. Foi quando Targino solicitou questões de ordem entre outras coisas para fazer, nas palavras dele, um protesto, e criticar as ausências dos recém empossados integrantes da Mesa. Almeida, então, teria negado a questão de ordem arguindo que não seria o caso de usar questão de ordem para protesto. Foi o suficiente para que Targino o taxasse de despreparado. Disse ainda que não iria discutir o regimento para não humilhá-lo.
“Eu falando, ele querendo caçar a minha palavra. Tivemos um entrevero verbal. Eu disse que não queria discutir com ele o regimento. Disse que não queria humilhar vossa excelência. Ele foi deselegante comigo, com Fábio Souto”, conta Targino. Ângelo Almeida conta sua versão: “Eu disse a ele: deputado, questão de ordem não cabe protesto. Daí ele começou a dizer que eu era despreparado, que eu não deveria estar ali na Mesa. Perguntei a ele se já havia acabado o show. Depois disso, Fábio Souto pediu questão de ordem pedindo para retirar as notas taquigráficas do episódio. Foi daí que Fábio Souto disse também que eu era despreparado. Daí a coisa tomou um rumo…a gente está aí, é humano né…”, resume Ângelo Almeida sobre ter ficado, digamos, um pouco nervoso.
Fábio Souto conta que apenas solicitou para retirar a discussão das notas taquigráficas. Mas que a reação de Almeida foi deselegante. “Eu disse que dos 30 minutos que ele havia presidido a sessão foi ditador e desrespeitoso e que seria uma vergonha para Feira de Santana. Que sentar na Mesa requer agir como magistrado. Ele foi descortês com Targino, com Sidelvan…”. Quando Coronel chegou para presidir a sessão, na busca pela distensão, e concedeu questão de ordem para Almeida, já sentado, o deputado disse que Fábio Souto chegara a ali pelas mãos do pai e que ele, Almeida, tinha uma trajetória.
Souto quis rebater, mas Coronel encerrou a sessão. No cafezinho, porém, a discussão continuou no mesmo tom exaltado. E foi preciso que outros deputados entrassem na jogada para impedir que chegassem às vias de fato. Informes do Atarde.