“Cadeia, imediatamente. Eu não tenho outra palavra para falar. Ainda cabe recurso, mas os vazamentos dos áudios, gente, querem mais o que? Cadeia. Nenhum estuprador pode ser aplaudido. O cara quer voltar para o campo para posar como heroi”, disse a jornalistas no Palácio do Planalto.
Damares concordou com a mudança de postura do clube paulista: “O clube já reviu, parabéns ao Santos por ter rescindido [o contrato], parabéns. Eu sei que ainda cabe recurso lá [na Itália], mas eu acho que está muito claro”, analisou a ministra.
Para ela, não há desculpas que possam eximir o jogador dessa situação. “O vazamento dos áudios está muito claro, a forma como isso chegou para nós. É para todo mundo entender que esse é 1 crime que não merece nenhuma consideração ao abusador, ao estuprador, a gente não tem que fazer concessão para esse tipo de crime. Tem que cumprir a pena que é estabelecida ou lá ou aqui, imediatamente”, completou.
A ministra deixa claro que o processo ainda está em vigor, mas que ela se sentiu enjoada ao ler as falas de Robinho. “Se ficar comprovado, mas assim, está tudo…já tem uma condenação em 1ª Instância. Tudo bem, todo mundo têm o direito de recorrer, mas os áudios são muito fortes. Olha, a sensação que aquilo me causou: enjoou, vontade de vomitar. foi muito ruim ter lido o que eu li. e de 1 jogador do porte dele, foi muito ruim.”
ENTENDA O CASO
O jogador chegou ao Santos como a grande contratação da temporada. No entanto, o nome de Robinho não foi bem recebido por conta de uma condenação por violência sexual na Itália, em 2017. O jogador foi condenado em 1ª Instância pelo Tribunal de Milão. Robinho alega ser inocente e recorreu da decisão.
Ao optar por rescindir o contrato com o jogador Robinho, o Santos Futebol Clube evitou perder cerca de R$ 20 milhões por ano em patrocínios. Desde que a contratação do atacante foi anunciada, há uma semana, o clube paulista foi alvo de protestos da torcida e ameaças de rompimento de patrocinadores.
Diante da repercussão, no entanto, diversos patrocinadores do clube se manifestaram. A Philco Brasil, por exemplo, disse que, mesmo com a “forte parceria com o time e seus torcedores” exigia “a rescisão imediata com o atleta“. “Caso contrário, a Philco irá revogar o contrato, pois a situação não compactua com os valores da marca“, escreveu a empresa em seu perfil no Instagram.