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Biden se reúne com G7 após ataque da Rússia à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta quinta-feira, 24, que “o mundo fará com que a Rússia preste contas” pelo ataque militar contra a a Ucrânia que, advertiu, provocará “catastróficas perdas de vidas”. Biden participa de uma uma reunião virtual programada para às 11h (de Brasília) com os líderes do G7 (Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos), antes de seu discurso público. A reunião do G7 deve decidir mais sanções contra a Rússia.

Antes da reunião do G7, Biden “convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para tratar dos últimos acontecimentos na Ucrânia”, informou a Casa Branca.

Durante semanas, enquanto a Rússia concentrava dezenas de milhares de soldados e armas pesadas na fronteira da Ucrânia, Biden liderou a Otan e outros aliados europeus na tentativa de elaborar o que ele chama de sanções “sem precedentes” como dissuasão.  Agora que as negociações falharam, é provável que se concentrem em atingir duramente a já instável economia da Rússia.

“Os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de maneira unida e determinada. O mundo responsabilizará a Rússia”, disse Biden em seus primeiros comentários na noite de quarta-feira em Washington, depois que mísseis russos começaram a cair sobre a Ucrânia.

O presidente americano informou que conversou por telefone com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pouco depois que explosões foram ouvidas em várias regiões do país, que fica entre a Rússia e a Polônia, esta última integrante da Otan.

“Seguiremos dando apoio e assistência à Ucrânia e ao povo ucraniano”, disse Biden, antes de destacar que Zelensky pediu a ele que “inste os líderes mundiais a denunciar claramente a flagrante agressão do presidente (russo Vladimir) Putin e a apoiar o povo da Ucrânia”.

Os secretários de Estado e da Defesa dos Estados Unidos conversaram com secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, para condenar o “ataque não provocado e injustificável contra a Ucrânia”, informou o Departamento de Estado.

Algumas medidas correm o risco de trazer consequências econômicas para os países ocidentais e podem comprometer a recuperação da economia mundial após a pandemia de covid-19. Os mercados de ações já estão caindo e os preços do petróleo estão subindo acima de US$ 100 o barril.

Provavelmente a sanção mais significativa seria cortar Moscou da rede bancária internacional SWIFT. Isso, pelo menos por algum tempo, desconectaria a Rússia do comércio básico, perturbando bastante a economia, mas também potencialmente teria repercussões consideráveis no sistema financeiro mais amplo liderado pelos EUA.

“Catastrófico” 

Senadores americanos dos dois partidos expressaram apoio a uma resposta dura contra a Rússia.

“Esta noite, a ordem internacional posterior à Guerra Mundial está no fio da navalha. Se Putin não pagar um preço devastador por esta transgressão, nossa própria segurança em breve estará em risco”, disse o senador democrata Chris Murphy.

O republicano Mitt Romney advertiu sobre “o perigo de olhar novamente para longe da tirania de Putin” e pediu “sanções econômicas mais duras” e a “expulsão (da Rússia) das instituições globais”.

Em sua declaração, Biden disse que “as orações de todo o mundo estão com o povo da Ucrânia esta noite, que sofre um ataque não provocado e injustificável”.

“O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que trará perdas catastróficas de vidas e sofrimento humano”, enfatizou.