O governador da Bahia, Rui Costa (PT), confirmou que irá se reunir com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta quinta-feira, 7, para avaliar os índices de ocupação e taxa de contaminação da Covid-19, e que há a “possibilidade” de anunciar as datas de retorno das aulas 100% presenciais e do públicos aos estádios.
Segundo o governador, não existe a hipótese de comunicar a volta da torcida sem liberar 100% dos alunos nas salas de aula.
“Há chances, estamos avaliando com a Sesab. Amanhã a gente deve fazer uma reunião. Os números de internados estão caindo e de contaminados estão estáveis. O nosso desejo é que estivessem caindo, e quem está para cair, infelizmente, se não mudar a postura em campo, são os times baianos, esses sim, estão para cair […] Vamos avaliar amanhã e há, sim, a possibilidade de anunciar a retomada do público aos estádios”, afirmou.
“Se anunciarmos a volta aos estádios, volta também 100% das aulas presenciais. Porque não faz sentido voltar público para o estádio e as aulas parciais. Amanhã vou fazer avaliação com a Sesab e tomar uma posição”, completou.
Mesmo com a condição de anunciar a data de retorno das torcidas aos jogos de futebol, o governador voltou a repetir que só será permitida a entrada de pessoas que já receberam duas doses da vacina contra a Covid-19.
“Se tomarmos a decisão pela liberação, será exigida duas doses da vacina. Só terá acesso com as duas doses, uma dose não vale. Se pretende ir ver o Bahia, Vitória ou Juazeirense, por favor, tome a segunda dose da vacina”, apela o chefe do Executivo no estado.
Com os dados atualizados, Rui ressaltou que 738 mil baianos e baianas estão com a data de reforço da imunização atrasada. Qualquer discussão sobre Réveillon ou Carnaval, para o governador, ainda é prematura e não pode ser iniciada sem uma adesão maior da população à vacina.
“Se você quer curtir Réveillon, Carnaval, ver o Vitória, o Bahia ganhar […] Já imaginou toda essa gente se contaminando de novo, lotando UTI, fazendo crescer o número de mortes?”, indagou.
O sermão de Rui foi logo após responder sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras, equipamento de proteção individual que diminui a transmissão da doença.
Ao contrário de outros estados e cidades, nos quais foi retirada a obrigação de usar a máscara, o governador diz que na Bahia ela será mantida, e classifica o ato como precipitado. Enquanto o vírus estiver “circulando”, destaca, há chances de se modificar e se tornar mais resistente à vacina.