O presidente da Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA), Rui Oliveira, criticou a intenção da gestão municipal de Salvador de retornar as aulas presenciais na rede de ensino no próximo dia 3 de maio. Em entrevista para a TV Bahia na segunda-feira (26), Oliveira afirmou que deseja paralisar as atividades na data marcada.
“Queremos dizer mais uma vez conclamar a todos os trabalhadores da base municipal de Salvador um grande mutirão de solidariedade. Não vamos deixar esse ato genocida em Salvador. Inadmissível, é uma irresponsabilidade colocar vida em risco. Pergunta a esse povo do gabinete se ele vai entregar cesta básica nas escolas municipais. Para eles são apenas números. As pessoas não valem nada. Não tem uma solidariedade”, disse.
Em entrevista para a mesma emissora, o secretário de Educação de Salvador, Marcelo Oliveira, rebateu a fala do presidente da associação e afirmou que o município tem plenas condições de retornar com as atividades de ensino na data marcada.
“A decisão da APLB em vacinar todos os trabalhadores da educação coloca nossas previsões de retorno para novembro e isso vai repercutir em 2021. Muitos profissionais estão expostos com mais risco do que um professor na escola. Temos a convicção de que podemos voltar no próximo dia 3”, afirmou Marcelo.
No último sábado, 24, o prefeito Bruno Reis anunciou a imunização de professores com 40 anos ou mais da educação infantil até o ensino médio. Ainda de acordo com o prefeito, em reunião com a APLB para protocolar o retorno, 12 das 13 reivindicações da associação foram aceitas, com a imunização total dos profissionais de educação como único ponto de divergência.