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Poema por Dionísio de Jesus – Solidão

Solidão

 

Perdeste os dias
Da infância à juventude
Nem um travo de fé
Ou de virtude
Te acompanhou.

Fizeste da dor
Tua ilustre companheira
Nesta batalha mesquinha
Desta vida tão passageira
Nada te sobrou.

A juventude te reclama
O amor de outrora
Que deixaste no caminho
Mas agora imploras
Quando tudo passou.

Juventude não há
Nada mais te anima
Na profundeza da solidão
Contemplas aquela menina
Que o tempo te roubou .

Viverás dias sombrios
Amargurados e tristonhos
Onde o amor tão distante e vazio
Não será mais que sonho
Que um poeta sonhou.

Mas estes versos tão vazios
Que nada guardam de beleza
Ao menos serão
Nos momentos da delicadeza
Um bálsamo consolador.

Dionísio de Jesus
05/12/07