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“Não vamos encerrar o movimento tão cedo”, diz presidente da Abcam

Paralisação dos caminhoneiros na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros – Abcam, juntamente com suas cinco Federações filiadas, repudia o acordo realizado ontem entre Governo Federal e as outras entidades representativas do transporte rodoviário. Ao contrário do que foi dito, a Abcam tem representação legitimada pela categoria de transportadores autônomos do país, com cerca de 600 mil caminhoneiros filiados em todo o território nacional. Inclusive possui assento no Fórum do Transporte de Cargas, do Ministério dos Transportes e também é entidade filiada à Confederação Nacional do Transporte. Portanto, como representantes dos caminhoneiros autônomos, emitimos em outubro de 2017, um oficio ao presidente Michel Temer a fim de apresentar ao governo a necessidade de isenção das alíquotas incidentes no valor do óleo diesel, um dos principais problemas para a categoria, já que o combustível representa cerca de 42% do custo do transportador.

Sem qualquer retorno do Governo, a Abcam reiterou solicitação no dia 14 de maio deste ano, exigindo, em caráter de urgência, uma discussão sobre o assunto. Foi informado ao Governo que uma paralisação da categoria poderia surgir e que era preciso o Governo se manifestar.  A Abcam aguardou até o final da semana, dia 18 de maio, um posicionamento do Governo. Sem respostas, a entidade iniciou o processo de mobilização por meio de suas lideranças e redes sociais. Para aqueles que não acreditavam na força do movimento, os últimos cinco dias de paralisações demonstram a força da categoria.

Ao contrário de outras entidades que se dizem representantes da categoria, a Abcam, não trairá os caminhoneiros. Continuaremos firmes com pedido inicial: isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no Diário Oficial da União. A Abcam continua cumprindo seu papel de representação dos caminhoneiros perante o Congresso Nacional e as instâncias governamentais. Agora, deixaremos a resposta para o Governo nas mãos dos caminhoneiros. Se eles acham que a proposta apresentada pelo Governo é justa, que voltem para suas casas. Mas se consideram que o Governo não atendeu às suas necessidades, que permaneçam firmes!

JOSÉ DA FONSECA LOPES
Presidente da ABCAM