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Livro de itiruçuense é destaque na Feira Internacional do Livro de Frankfurt, Alemanha

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O livro Descartes e a morte de Deus, de autoria do escritor itiruçuense Joceval Andrade Bitencourt, é destaque na Feira do Livro de Frankfurt 2015. O livro é um dos brasileiros no evento, que neste ano recebeu um espaço amplo e com maior participação de outros países de 14 a 18 deste mês. 

 Joceval Andrade Bitencourt nasceu em Itiruçu, na Bahia, graduado e pós-graduado em Filosofia pela Universidade do Estado da Bahia (UFBA), com Mestrado e Doutorado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Atualmente é professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Tem trabalhado na área da Filosofia, com ênfase em Filosofia Moderna, Filosofia Política e Ética.

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A obra Descartes e a morte de Deus, enfoca as possibilidades da metafísica cartesiana, tendo como alvo principal investigar se é possível creditar à filosofia de Descartes a inauguração, na cultura ocidental, do postulado da “morte de Deus”.

O professor Joceval Andrade Bitencourt, autor do livro, anuncia desde a introdução que de fato, Descartes parece proclamar, previamente, a todo aquele que pretende decifrar a ordem de sua trama filosófica, o fracasso de tal empreitada. Segundo ele, o mar é revolto, o risco sempre é iminente, em busca de contemplar a terra firme da razão cartesiana.

O resultado desse postulado na ciência e na metafísica cartesiana é a afirmação do homem como centro, em torno do qual deve gravitar todo o conhecimento, cuja causa originária é a autonomia da razão.

O Cogito, ao afirmar por meio dos fundamentos do método – inspirado nas leis da matemática –, a primeira verdade, subordina todas as verdades a essa primeira verdade. Como consequência, o homem torna-se o único ser responsável pelo aparecimento da verdade no mundo.

Mas quais as possibilidades e os limites da metafísica cartesiana? Os três capítulos que compõem o livro buscam responder a essas questões, sem pretensão de esgotar o assunto ou mesmo apresentar uma resposta definitiva. Em filosofia, ou no conhecimento humano, não existem respostas definitivas. E, segundo o autor, melhor que elas continuem não existindo, para o próprio progresso do conhecimento.

Dessa forma, nos três capítulos o autor busca percorrer de forma abrangente o território filosófico de Descartes, procurando entender o esforço intelectual deste, bem como as consequências desse esforço, para justificar e legitimar a presença de Deus na ordem das razões do homem.