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Lajedo Tabocal: Prefeito acredita na força do diálogo com professores; ‘Nossa responsabilidade é agir com transparência e da forma correta’

Prefeito Marquinhos prega diálogo com professores sobre reajuste do Piso. Foto/Blog Itiruçu Online.

O prefeito de Lajedo do Tabocal, Marquinhos Senna (PP), concedeu entrevista ao Blog Itiruçu Online nesta segunda-feira (14), comentando à situação que envolve as negociações dos professores com o governo municipal. Em pauta, o aumento de 33, 24% dado pelo Governo Federal no Piso Nacional dos docentes. O município apresentou uma proposta de 10,18% de reajuste, mas não foi aceita, havendo a indicação de paralisação das atividades- Relembre, Confira aqui. 

De acordo com o gestor, o diálogo será imprescindível para se chegar a um denominador que atenda à classe, observando todas as possibilidades que o município possa cumprir, garantindo a funcionalidade da máquina pública.

– “Sempre coloquei em todas as reuniões que tivemos com a APLB e, também, com os demais setores que, imprescindivelmente, a força do diálogo é necessária. É importante que quando entramos num diálogo, antes de tudo, é preciso ir com a verdade e muita transparência, além de desarmados. Quando se trata de contabilidade, a frieza dos números não deixa margem para erros, paixões e entendimentos. Então, quando oferecemos esse aumento de 10,18%, claro que queríamos oferecer muito mais, só que  chegamos a isso com base em estudos financeiros que nossa equipe contábil mostrou. Importante dizer que esse estudo não foi apenas com a equipe contábil do município, mas em conjunto com à equipe da APLB, acompanhado pelo advogado Dr. Joel, muito competente e renomado. Mostramos à nossa realidade financeira e propomos um aumento, que dentro do necessário para o funcionamento da educação, já vai inserir 96% da receita do FUNDEB” -, disse o gestor.

O prefeito comentou comparações feitas com outros municípios que anunciaram pagar o valor total do reajuste, afirmando que cada realidade precisa ser observada de forma técnica analisando receita e o teor de como é capitalizado os recursos para educação.

– “Quando se faz comparações com outros municípios, é preciso entender à situação de cada gestão da educação. De toda receita do Fundeb não podemos deixar de aplicar 70% no pagamento de pessoal, incluído a funcionalidade da educação. O impacto para o município colocando 10,18% de aumento, será muito maior que de outros municípios que vão conceder os 33,24% e, mesmo assim, terão uma folga de investimento. Nós pensamos em valorizar o professor, pois sabemos que o profissional valorizado ele tem uma iniciativa a mais para prestar um bom serviço, porém, não podemos esquecer também que o centro da educação é o aluno que iremos assistir e, nesse sentido, é nossa obrigação garantir toda estrutura para o ensino de modo geral. Se a gente conceder os 33,24% iremos gastar todo recurso do Fundeb e (as contas não deixam caminhos) ainda ter que tirar recursos de outras receitas para pagar apenas salários. É preciso dialogar com transparência, tenho certeza que nossa responsabilidade é de fazer as coisas da forma correta” -, concluiu.

Na próxima quarta-feira, 16, o gestor volta a dialogar com a categoria parta avançar nas negociações.